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Revista Brasil Energia | OTC 2025

Desafios do descomissionamento de plataformas da Petrobras apresentados na OTC 2025

Projeto de PD&I do Cenppes busca melhores soluções e oportunidades para as fases de preparação e limpeza do FPSO antes do corte, corte e desmontagem e gestão ambientalmente sensível e economicamente eficiente para o descarte de materiais

Por Walter Colton

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Fabio Sena, analistas da Petrobras em projeto do Cenppes sobre descomissionamento (Foto: Walter Colton)

A Petrobras está desenvolvendo um modelo de contrato do tipo EPRD (engenharia, preparação, remoção e descarte), que inclui os serviços que serão licitados para o portfólio de descomissionamento de plataformas da empresa. A companhia tem previsão de descomissionar até 68 plataformas e alocou US$ 9,9 bilhões para o serviço no seu planejamento de investimentos de 2025 a 2029, quando dez projetos devem ser realizados.

No painel da OTC 2025 sobre Inovações e Desafios na Reciclagem e Descomissionamento de Estruturas Offshore, realizado na quinta-feira (8), o gerente de Integração de P&D para o Desenvolvimento de Produção da Petrobras, Pablo Gomes, disse que a empresa tem vários desafios na implementação do processo, abrangendo aspectos de engenharia e ambientais.

Segundo o executivo, a Petrobras está trabalhando na organização de um programa que inclua o descomissionamento de topside e de sistemas submarinos, buscando maximizar a reciclagem de aço e polímeros, além de adotar soluções ambientalmente seguras para o descarte de materiais tóxicos.

O Cenpes, da Petrobras, está conduzindo uma uma pesquisa que poderá ser aplicada para tornar esse sistema mais eficiente em custos e com impactos ambientais e sociais mínimos. Segundo Fabio Sena, analista da Petrobras no projeto “Portfólio de PD&I para o Descomissionamento Sustentável de Estruturas Offshore de O&G no Brasil”, é utilizada a ferramenta SVAT (Sustainable Value Analysis Tool).

Ele explicou que essa ferramenta foi criada para ajudar empresas a identificar novas oportunidades de gerar e capturar valor por meio da sustentabilidade, ao analisar o valor capturado e não capturado para os principais stakeholders ao longo do ciclo de vida do produto. No modelo são incorporadas três fases principais: preparação e limpeza do FPSO antes do corte, corte e desmontagem e gestão ambientalmente sensível e economicamente eficiente para o descarte de materiais.

O projeto busca envolver todas as partes atuantes no processo de desmontagem e reciclagem. Além disso, há uma vertente que visa trabalhar com o setor naval e seus modelos de construção de plataformas para desenvolver uma abordagem de economia circular, que inclua desde o planejamento para o descomissionamento até a reutilização das plataformas. A Petrobras está formando parcerias com empresas, universidades, grupos governamentais e comunidades impactadas nesse esforço.

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