 
    
    Chevron animada com potencial exploratório do Brasil
Chevron animada com potencial exploratório do Brasil
A segunda maior petrolífera dos EUA, que atua no Brasil há mais de cem anos no dowstream mas ainda não tem produção no país, demonstra interesse em crescer no E&P, onde possui hoje 26 áreas exploratórias, nas bacias de Campos, Pelotas e Foz do Amazonas
 
        A Chevron, segunda maior petrolífera dos Estados Unidos, está animada com o potencial exploratório do Brasil. Apesar de estar presente no país no downstream brasileiro há mais de cem anos com a marca Texaco, que está retornando ao mercado, a empresa possui hoje 26 blocos exploratórios e vê o país como muito competitivo e atrativo para o investimento estrangeiro.
O portifólio de exploração da empresa no Brasil atualmente é de participação de 35% em dois blocos da Bacia de Campos adquiridos em 2019 na 16ª Rodada, operados pela Shell; quinze blocos com 100% na Bacia de Pelotas, adquiridos em 2023 no 4º Ciclo da OPC; e mais nove blocos adquiridos neste ano no 5º Ciclo da OPC, em parceria de 65% e 50% com a chinesa CNPC, nos quais é operadora.
Durante participação na OTC Brasil 2025 do painel “Exploração e Desenvolvimento no Brasil: Oportunidades, Desafios e Perspectivas”, a CEO da Chevron América do Sul, Patricia Pradal, destacou a atratividade do Brasil para o investimento das empresas, por possuir muitas oportunidades em áreas ainda não desbravadas.
“Todo mundo aqui fala de potencial exploratório. E todo mundo sabe que a gente precisa continuar investindo em dados, em informação, para que a gente possa ser mais eficiente e dessa forma reduzir a pegada de carbono das nossas operações e aumentar nossa chance de sucesso. O que que o Brasil traz de positivo para isso? Obviamente não só as taxas de sucesso que a Petrobras vem empreendendo, como no pré-sal brasileiro, mas também a vasta área disponível ainda para que você possa continuar explorando”, afirmou a executiva, acrescentando que além da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas, o país tem várias áreas que ainda não teve a disponibilidade de continuar progredindo na exploração, área onshore com várias oportunidades, e várias bacias que estão sendo desbravadas.
Patricia Pradal também destacou como vantagem competitiva do Brasil a disponibilidade de dados garantidos pela regulamentação do país, que coloca os dados das áreas à disposição de todas as empresas do mercado muito mais rápido do outras áreas no resto do mundo. “Sendo players que já estão aqui há muito tempo ou players novos recém-chegados, isso é uma questão que faz a diferença. Então, quanto mais fácil você tem acesso, quando mais rápido o acesso a novos dados, para que você possa desbravar essas áreas, melhor, então eu acho que isso é uma outra área competitiva que nós temos aqui no Brasil”, complementou.
Ela citou ainda como fatores positivos do país o ambiente favorável aos negócios, como uma legislação estável, manutenção de contratos, que segundo a executiva é muito importante para a atratividade do investidor. “De uma maneira geral, o que você precisa é uma inflação estável, alguma coisa que seja previsível, normas transparentes e é isso que a gente continua buscando”, disse a executiva.
A CEO da Chevron América do Sul também apontou o supply como outro fator positivo do Brasil, que dispõe de indústria instalada de subsea, indústria naval e de bases de operação. “Isso é uma grande vantagem competitiva para o Brasil hoje, não só pela disponibilidade, mas também pela capacidade de poder expandir em termos de experiência e até mesmo investimento estrangeiro”, afirmou, citando empresas fornecedoras instaladas no Brasil que hoje exportam para operações da Chevron em outros países.
Sobre a transição energética, a executiva defendeu que esse processo seja feito com segurança, afirmando que a indústria de óleo e gás é responsável pela segurança energética que vai permitir que transição energética aconteça. “A segurança vem do que nós colocamos aqui e eu tenho muito orgulho de fazer parte dessa indústria”, destacou a executiva da Chevron. Ela observou ainda que a matriz energética do Brasil é extremamente positiva, pois não há a dependência de uma fonte específica, o que dá às empresas uma certa flexibilidade de alocação de recursos para exploração dessas fontes.
Patricia Pradal elogiou a política pública do Brasil que criou a cláusula obrigatória de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) nos contratos de produção de petróleo e gás e disse que a Chevron faz esses investimentos mesmo sem ter a obrigação, por ainda não ter produção.
Veja outras notícias sobre otc brasil 2025
 
    
     
                 
            
 
            


 
     
     
     
    