Painelistas discutem os desafios da exploração na Margem Equatorial
Painelistas discutem os desafios da exploração na Margem Equatorial
De acordo com Mayara Aquino, gerente de Portfólio da Margem Equatorial da Petrobras, a estatal está levando as lições aprendidas para os próximos licenciamentos. "Todos os holofotes estão em cima da Margem Equatorial. Ninguém quer escorregar", disse durante painel na OTC Brasil 2025
Estamos levando as lições aprendidas para os próximos licenciamentos, disse Mayara Aquino, gerente de Portfólio da Margem Equatorial da Petrobras, durante o painel "Exploring the Equatorial Margin: Opportunities and Challenges in Brazil's Oil & Gas Landscape" realizado nesta terça-feira (28) na OTC Brasil 2025, no Expo Rio, no Rio de Janeiro (RJ).
A estatal iniciou a perfuração do poço Morpho, na Bacia de Foz do Amazonas, no último dia 20, em lâmina d'água de 2,887 mil m. "Estamos levando as lições aprendidas para os licenciamentos em andamento, sejam os nossos com participação de 100%, sejam para as áreas em parceria, porque temos que ter também uma troca de experiências com os novos parceiros, que estão entrando agora nesse ambiente", disse Aquino.
Segundo a executiva, todos os holofotes estão em cima da Margem Equatorial. "Ou seja, ninguém quer escorregar. Se trabalharmos de forma colaborativa, acredito que conseguiremos ultrapassar os desafios da região", afirmou.
Um desses desafios, de acordo com João Correa, Country Manager & Global Account Manager da TGS do Brasil, é a reposição de pessoal no Ibama. "Eles precisam ter as condições de acesso para que façam um bom trabalho. O poço [Morpho] demorou, sim, mas ele está sendo perfurado de acordo com todas as condições necessárias, e isso é um marco para o país", disse Correa.
"Eu queria que o Ibama fosse tão forte quanto uma agência reguladora", afirmou Allan Kardec Duailibe Barros Filho, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), durante o painel. Ele também citou que seria importante uma melhor regulação para o setor, não somente em nível federal, assim como o investimento na formação acadêmica na região Norte do país, para que essas pessoas atuem no setor de O&G.
"Também precisamos de um banco de dados sobre a Margem Equatorial. Esses dados existem, mas eles estão desconectados um do outro. E é central que esses dados sejam disponibilizados publicamente. Em resumo, temos que participar cada vez mais desses debates, e isso inclui escrever artigo, esclarecer, conversar...", explicou Allan Kardec.
"Daqui a 10 anos, espero que estejamos vendo a Margem Equatorial do mesmo jeito que vemos o pré-sal hoje", disse Flavio Menten, Lead Analyst Upstream Latin America da Rystad Energy, também durante o painel. "Daqui a 10 anos, gostaria de ouvir que a Margem Equatorial é o motor econômico do país", completou Camilo Iglesias, Business Development Manager – Project Management da Halliburton.
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