
Vídeo: João Henrique Nascimento, do PPI
João Henrique Nascimento, diretor de Programa no PPI, explica o envolvimento do programa de parcerias de investimento do Governo Federal no setor petróleo
O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal atua em diversos setores de infraestrutura, mantendo carteira de 80 projetos que incluem rodadas de concessão de petróleo e gás, além de leilões da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA). Segundo João Henrique Nascimento, diretor de programa na Secretaria Especial para o PPI, o programa tem acompanhado a evolução do setor energético brasileiro e suas perspectivas futuras.
Criado por lei em 2016 para atrair investimentos privados em projetos de infraestrutura públicos, o PPI atua como hub articulador entre ministérios, tribunais e agências reguladoras. No setor de óleo e gás, o programa acompanha desde os ciclos da Oferta Permanente até os leilões da PPSA, que no ano passado venderam 34 milhões de barris e geraram R$ 17 bilhões em receita patrimonial.
Na área de gás natural, o PPI participa do programa Gás para Empregar, liderado pelo Ministério de Minas e Energia, que identificou o escoamento e processamento como principais formadores de preço. Enquanto a molécula na cabeça do poço custa entre US$ 3 e US$ 4 por milhão de BTU, chega ao consumidor final a US$ 14, praticamente o dobro da média mundial. "A oferta a gente é otimista, tem projetos para chegar. Agora a questão do preço não tem jeito, tem que focar ali no escoamento", avalia João Henrique.
O programa também monitora o projeto Poço Transparente, voltado para recursos não convencionais extraídos por fracking. João Henrique defende a atualização do debate sobre a técnica, suspensa no Brasil desde 2013 por judicialização e pressão de ambientalistas, mas que transformou os Estados Unidos no maior produtor mundial. O país saltou de 4 milhões para 13 milhões de barris por dia, com 85% do gás e 75% do óleo provenientes de shale.
"Não é muito razoável a gente achar que um país como os Estados Unidos ia triplicar a produção de uma coisa que faz um dano insustentável", argumenta o diretor, destacando os avanços tecnológicos e regulatórios desde os primeiros problemas ambientais identificados. Para ele, os recursos não convencionais devem ser considerados "uma carta na manga" para o futuro energético brasileiro, especialmente após o esgotamento do pré-sal e eventuais descobertas na Margem Equatorial.
O PPI também apoiará a estruturação de processos competitivos para infraestruturas de gás identificadas pelo planejamento integrado estabelecido no decreto Gás para Empregar, oferecendo sua experiência na governança de leilões para atrair investimentos privados ao setor.
Assista a vídeo-entrevista:
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