Revista Brasil Energia | Bahia Oil & Gas Energy 2025

Vídeo: Jorge Boeri, da Brava

O diretor de Operações Onshore da Brava, Jorge Boeri, aborda os planos da petroleira para crescimento da produção terrestre

Por Rosely Maximo

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A Brava Energia tem apostado em tecnologias inovadoras para maximizar a eficiência de suas operações onshore, implementando pela primeira vez no Brasil métodos de perfuração e recuperação avançada de petróleo. A empresa planeja investir na perfuração de mais de 100 poços por ano, mantendo projetos viáveis mesmo com o barril de petróleo a US$ 50.

Segundo Jorge Boeri, diretor de operações onshore da companhia, os campos terrestres brasileiros apresentam apenas 20% de fator de recuperação, deixando 80% do óleo ainda por extrair dos reservatórios. "Estamos vendo um monte de oportunidades no onshore brasileiro. A Petrobras foi muito bem-sucedida no offshore e deixou muitas oportunidades nos campos em terra", explicou Boeri. A empresa se posiciona como a única companhia independente verticalizada desde upstream, midstream e downstream, o que considera uma vantagem competitiva significativa.

A Brava opera campos onshore distribuídos entre Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.

A empresa tem investido em tecnologias inovadoras para aumentar a eficiência, como o case drilling, implementado no campo de Alto Rodrigues, em parceria com a Tenaris. A tecnologia, usada pela primeira vez no onshore brasileiro, permitiu reduzir em 50% os tempos de perfuração e 20% os custos.

Além disso, a Brava iniciou em abril a primeira aplicação no Brasil de injeção de nitrogênio para recuperação avançada de petróleo (EOR) no campo de Fazenda Belém, no Ceará. A tecnologia está em fase piloto e será testada também em Alto Rodrigues e Estreito, todos campos de óleo pesado. Para o próximo ano, planeja iniciar testes com injeção de polímeros no campo de Salina Cristal.

A produção de gás da empresa tem apresentado resultados expressivos. Na Bahia, atingiu o máximo dos últimos 10 anos, produzindo aproximadamente 1 milhão de m3/dia. No Rio Grande do Norte, duplicou a produção nos últimos dois anos, passando de 150 mil para cerca de 300 mil m³/dia.

O gás é comercializado para distribuidoras como Bahiagás e Potigás, além de clientes industriais, por meio de contratos de longo prazo.

Para os próximos anos, a Brava mantém planos robustos de investimento, com perfuração de mais de 100 poços anuais. Embora tenha reduzido atividades em 2024 devido à queda do preço do petróleo Brent, os projetos permanecem viáveis mesmo com o barril a US$ 50. A estratégia visa assegurar o caixa da companhia enquanto prepara a retomada das atividades nos anos seguintes.

Assista a vídeo-entrevista:

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