Na opinião de Rafael Cervone, combustível sustentável de aviação coloca o país no radar do mercado mundial como uma grande referência em "combustíveis do futuro"

Revista Brasil Energia | Fenabio 2025

Presidente do Ciesp diz que SAF ajuda Brasil a ser referência

Na opinião de Rafael Cervone, combustível sustentável de aviação coloca o país no radar do mercado mundial como uma grande referência em "combustíveis do futuro"

Por Celso Chagas

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Presidente do Ciesp, Rafael Cervone participou da 31ª edição da Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho/SP (Divulgação)

O presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Rafael Cervone, participou na tarde de terça-feira (12) da abertura da 31ª edição da Fenasucro & Agrocana/Fenabio, maior feira de bioenergia do país, que acontece em Sertãozinho (SP) até o próximo dia 15. O SAF é um dos temas de destaque na feira deste ano e, na opinião do presidente, coloca o Brasil no radar do mercado mundial como uma grande referência em "combustíveis do futuro".

Na avaliação de Cervone, o SAF faz com que o Brasil se torne referência e um grande nome mundial da bioeconomia e da bioenergia. “Hoje o SAF, nosso combustível verde para a aviação, é a grande ‘vedete’ da feira, assim como o marítimo de navegação. Isso coloca o Brasil no radar como uma grande referência para esses combustíveis de futuro, não só no transporte terrestre como aéreo e marítimo”, ressalta.

Interesse da China 

O empresário Jacyr Costa Filho, presidente de honra da Fenasucro & Agrocana este ano, que também preside o Consag (Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp), disse que “é bem-vindo” o interesse da China no SAF brasileiro porque incentiva o país a produzir e exportar etanol. Ele ressalta, no entanto, que o ideal é que o Brasil atraia os investimentos chineses para manter a produção industrial do SAF em nível local, com valor agregado.

Jacyr também lembra que com o avanço das discussões em torno de possível exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira, uma possibilidade interessante seria utilizar recursos oriundos dos royalties dessa exploração para investir em refinarias de SAF aqui mesmo no Brasil. A Petrobrás e o Ibama chegaram a um acordo sobre a data para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), considerado o último teste antes de um posicionamento sobre a concessão de licença ambiental para a perfuração de poço exploratório.

“Se a gente quer valorizar a nossa indústria, nós temos que buscar a produção de SAF aqui no Brasil e para isso a gente precisa buscar recursos porque para construir uma fábrica de SAF de 500 mil toneladas é necessário US$ 1 bilhão. É muito dinheiro”, explica Jacyr.

A abertura também contou com a presença de várias autoridades locais e nacionais como o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, o deputado federal Arnaldo Jardim, e o secretário da Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, que representou o governador Tarcísio de Freitas. O 2º vice-presidente do Ciesp, Francesconi Júnior, e o diretor do Senai-SP, Ricardo Terra, também estiveram no evento.

Convênio com o Senai-SP

Durante a solenidade, foi assinado um protocolo de intenções entre a Udop (União Nacional de Bioenergia) e o Senai-SP para a execução conjunta do Programa de Formação Profissional e Serviços de Tecnologia e Inovação, que visa qualificar a mão de obra e acelerar a adoção de novas tecnologias no setor. Segundo o diretor do Senai de Sertãozinho, Rafael Henrique de Melo Cunha, o projeto já envolve 47 associados, 14 grupos e 17 escolas Senai.

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