Revista Brasil Energia | OTC 2025

Magda Chambriard pede a fornecedores na OTC 2025 projetos simples e de menor custo

Queda do preço do petróleo é um problema real para a empresa, segundo a CEO da Petrobras, que participou do painel da cerimônia de abertura da conferência em Houston

Por Walter Colton

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Painel da cerimônia de abertura da OTC 2025 (Foto: Instagram OTC)

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou nesta segunda-feira (5), na cerimônia de abertura da conferência OTC 2025, em Houston, no Texas, que o Brasil se orgulha de sua experiência em projetos de exploração e produção petróleo offshore, mas afirmou que, no atual cenário de queda dos preços do petróleo e de inflação, é fundamental que os fornecedores controlem cuidadosamente seus custos para permitir que a empresa continue a se expandir.

“O que realmente nos impacta é a queda do preço do petróleo. Esse é um problema real, e temos que cobrar dos nossos fornecedores para nos ajudar e nos apoiar, fornecendo projetos simples e de menor custo”, disse ela.

Chambriard participou do painel da cerimônia de abertura da conferência, que foi moderado por Nancy Hunerford, da FTI Consultancy, e também com a participação  de Vicki Hollub, presidente e CEO da OXY, Eric Milito, presidente da National Ocean Industrial Association, e Jarond Rystad, CEO da Rystad Energy.

Ela enfatizou que o cronograma de investimentos para a produção offshore é muito longo — são necessários sete anos para entrar em operação. Assim, com a queda do preço do petróleo de US$83 para US$65, o controle de custos se torna ainda mais crítico. “A Petrobras precisa de projetos simples e menos caros. Fornecedores nacionais e internacionais precisam ser mais eficientes em custos.”

Ela informou que a Petrobras está utilizando inspeções com inteligência artificial para reduzir custos de manutenção. "Para operar no offshore com eficiência de custos, novas tecnologias são essenciais”, afirmou, acrescentando que a estatal também depende de Data Centers inteligentes.

Magda Chambriard mencionou ainda que, em bacias maduras como a Bacia de Campos, no Brasil, novas tecnologias são fundamentais para garantir a produção adequada. Mas destacou também que a abertura de novas áreas e novas explorações é crucial.

A CEO disse que a Petrobras continuará investindo em fontes renováveis, mas seguir com petróleo e gás é essencial. Como os combustíveis fósseis ainda representam 85% das necessidades energéticas do mundo, afirmou, será difícil observar mudanças significativas na próxima década.

A executiva informou que, no plano estratégico da Petrobras, a empresa está trabalhando para atingir as metas de emissões dos Escopos 1 e 2, com injeção de 25% de CO₂. Mas, para que empresas de petróleo como a Petrobras possam cumprir seus objetivos de sustentabilidade, elas precisam gerar receitas.

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