Vídeo: Marcos Farina, da Petroborn

A Petroborn, empresa independente de petróleo e gás com foco na Bahia, planeja investir US$ 35 milhões nos próximos anos para desenvolver seus cinco ativos no estado. A companhia, que iniciou suas atividades em 2015 com a aquisição do campo Iraí, projeta atingir uma produção de 140 mil metros cúbicos por dia de gás natural na primeira fase de expansão.

Segundo Marcos Farina, CEO da Petroborn, a empresa começou com um único ativo adquirido no leilão de campos marginais da ANP em 2015. O campo Iraí, localizado na Bacia de Tucano Sul, atingiu seu pico de produção em 2020 com 75 mil metros cúbicos diários. O sucesso levou a empresa a expandir seu portfólio, adquirindo em 2020 o bloco exploratório TUC-T-172, adjacente ao campo original.

A estratégia de crescimento se intensificou com estudos sísmicos realizados em 2022, que revelaram um potencial significativamente maior. "Depois da certificação de reservas, fizemos novos estudos que apontam para um volume de 314 milhões de metros cúbicos no campo Iraí, podendo chegar, em conjunto com o TUC-T-172, próximo de 900 milhões de metros cúbicos", explicou Farina.

Para diversificar o portfólio, a Petroborn também adquiriu em 2022 dois blocos exploratórios na Bacia do Recôncavo, com foco em petróleo. Esses ativos estão estrategicamente posicionados próximos aos campos históricos Buracica e Taquipe, da Petrobras, que produzem há 60 anos. Mais recentemente, a empresa adquiriu o campo petrolífero Bela Vista, que ainda aguarda transferência final pela ANP.

O plano de investimentos prevê US$ 15 milhões para a primeira fase de desenvolvimento, contemplando workovers e três perfurações de poços. Para atingir a meta de 140 mil metros cúbicos diários, a empresa já iniciou as intervenções nos poços existentes. Uma segunda fase de investimentos de US$ 20 milhões está projetada para novas aquisições.

Atualmente, o gás produzido pela Petroborn é comercializado na boca do poço para uma empresa que comprime o produto e o transporta por caminhões para clientes finais. A operação demonstra a flexibilidade das empresas independentes em mercados regionais, aproveitando a proximidade geográfica dos ativos.

A Petroborn reflete o movimento de consolidação do setor onshore baiano após o desinvestimento da Petrobras. Farina confirmou que a empresa está atenta às oportunidades de fusões e aquisições, bem como operações de farm-in e farm-out que têm caracterizado o mercado de independentes na região.

Com cinco ativos distribuídos entre dois campos produtores e três blocos exploratórios, a Petroborn posiciona-se como uma das empresas independentes em expansão na Bahia, aproveitando tanto o potencial de gás da Bacia de Tucano Sul quanto as oportunidades petrolíferas do Recôncavo Baiano.

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