Nova unidade de liquefação no RN pronta para operar
Nova unidade de liquefação no RN pronta para operar
Primeira planta de GNL do estado, fruto da parceria entre GNL e PetroReconcavo, deve atingir 80% da capacidade de 100 mil m3/dia até agosto, levando gás por carretas a regiões sem gasoduto no Nordeste
O Rio Grande do Norte está a um passo de se consolidar como um polo de escoamento de gás natural para o Nordeste. As obras da primeira unidade de liquefação e compressão de gás natural (GNL) no estado, desenvolvida em parceria pela GNLink e PetroReconcavo, foram concluídas e a planta já se encontra em fase de comissionamento em Assú.
A instalação, que recebeu investimentos de R$ 125 milhões, produzirá até 100 mil m³/dia de gás e abastecerá, em um raio de 1000 km de distância, localidades de estados nordestinos que não possuem acesso direto à rede encanada de gás. Entre os atendidos estão o Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Maranhão, entre outros.
O gás a ser liquefeito virá do Polo Sabiá, operado pela PetroReconcavo, segundo informou José Firmo, CEO da Petrorecôncavo, em entrevista à Brasil Energia na unidade. “Esse projeto oferece uma importante alternativa de escoamento para a produção local da Petrorecôncavo”, ressaltou.
Marcelo Rodrigues, CEO da GNLink, afirmou que o objetivo da empresa é alcançar 80% da capacidade produtiva da planta até agosto, focando em levar o insumo para regiões onde não tem infraestrutura de gasoduto. “Esta estratégia visa substituir combustíveis mais poluentes por gás natural, proporcionando ganhos operacionais para indústrias”, completou.
Com a licença ambiental (Idema) já garantida, a unidade aguarda agora apenas a aprovação final da ANP. A GNLink também atua em parceria com a distribuidora local Potigás para levar o gás para cidades mais distantes e sem gasodutos, como Porto do Mangue, onde a distribuidora constrói uma rede local e recebe o GNL transportado via carreta.
A unidade de Assu é a terceira da GNLink no país, somando uma capacidade total de 300.000 m³ por dia. A empresa, que tem uma frota de 27 carretas para o GNL, tem planos de dobrar essa capacidade de liquefação até 2027, adicionando também mais 21 carretas para atender o crescimento da demanda no Nordeste e outras regiões.
Assista à entrevista na íntegra:
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