Onshore potiguar requer licenciamento ambiental mais rápido para aportes

Revista Brasil Energia | Mossoró Oil & Gas Energy

Onshore potiguar quer licenciamento ambiental mais rápido

Setor de óleo e gás em terra do Rio Grande do Norte debate no Moge a lentidão em concessões e a busca por previsibilidade para novos investimentos

Por Rosely Maximo

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Conferência “Perspectivas da produção de óleo e gás no RN”, realizada no Mossoró Oil & Gas Energy (Foto: Raul Davyson/Redepetro RN)

A cadeia produtiva de óleo e gás em onshore no Rio Grande do Norte aponta a lentidão no processo de licenciamento ambiental como um obstáculo para o crescimento do setor. A questão foi central no 10º Mossoró Oil & Gas Energy (Moge), onde líderes do segmento defenderam a necessidade de um modelo de licenças mais eficiente e previsível para incentivar o ambiente de negócios.

Representantes do setor, em conferência realizada no evento, afirmaram que a demora na concessão de licenças, que pode levar em média sete meses, não é compatível com o ritmo da indústria. O Observatório da Indústria Mais RN, da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), indica que o custo e o tempo do licenciamento no estado são considerados gargalos, podendo o custo ser até quatro vezes maior do que em outros estados produtores, com exigência de até sete licenças por poço.

O CEO da Azevedo & Travassos Energia, Ivan Carvalho, declarou que o setor busca, junto a organizações como a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), tornar o processo de licenciamento mais simples e ágil, sem reduzir as exigências ambientais. Segundo o executivo, o entrave burocrático impede investimentos mais rápidos.

O presidente da Fiern, Roberto Serquiz, destacou que a previsibilidade é a principal demanda do empresariado e defendeu a conclusão da revisão da lei ambiental do RN (nº 272) como caminho para resolver os entraves.

A Redepetro RN, por sua vez, reconheceu que o órgão ambiental, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), tem buscado cumprir metas, mas que é preciso avançar na velocidade do licenciamento.

Apesar dos desafios, o setor mantém o otimismo com o potencial produtivo do onshore potiguar. Frode Sedberg, gerente geral de reservatório onshore da Brava Energia, mencionou que a operadora enxerga grandes oportunidades no estado e planeja permanecer por muitos anos.

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